No primeiro estudo sobre mania aguda, Belmarker e Grisaru (1998) e Grisaru et al. (1998) randomizaram 17 pacientes com rTMS rápida sobre a região prefrontal direita ou esquerda, em adição com os cuidados farmacológicos padrão. Durante o período de 2 semanas do estudo, o grupo com prefrontal direita apresentou um maior declínio dos sintomas maníacos, sugerindo que a lateralidade da rTMS rápida necessária para efeitos antimaníacos é o oposto da necessária para os efeitos antidepressivos.
Apesar dos ensaios clínicos envolvendo pacientes uni e bipolares com depressão maior não terem evidenciado indução de mania (Conca 2002; Dolberg 2002; Epstein/Figiel 1998; Figiel/Epstein 1998; George 1995, 1997; Grunhaus 2003; Janicak 2002; Kimbrell /Post 1999; Klein 1999; Loo 1999, 2003; Manes 2001; Menkes 1999; Pridmore 1999, 2000), ver Tabela 1.0, há relatos de casos que evidenciaram tal ocorrência com a rTMS rápida sobre o CDFDLE (Dolberg et al 2001, Sakkas et al 2003) e um relato após o uso da rTMS lenta sobre o CPFDLD (Ella et al 2002)
Pesquisas conduzidas em nosso meio desde 2000, sob aprovação do comitê de ética da UNIFESP, tem aplicado a rTMS de baixa freqüência para depressão resistente uni e bipolar (Broder Cohen, R. 2000) . Os pacientes recebem rTMS (1 Hz) sobre o CPFDLD (1600 pulsos dia, 100% LM, 10 a 30 dias), avaliados diariamente pela VAS pré e pós-sessão e no início e final de cada semana pela HAM-D 17 itens, Beck e HAD. Verificou-se que os pacientes bipolares (n=22) obtiveram reposta equivalente aos unipolares (n=155) . O tratamento com a rTMS foi associado com uma significante melhora no humor, incluindo uma redução média de 55.0% na HAM-D 17 itens em 10 dias e 67.4% em 30 dias (20.7 ± 0.4 pré rTMS vs. 9,3 ± 1.4 após 10ª sessão vs. 6.8 ± 0.1 após última sessão rTMS). Não se observou diferença estatisticamente significativa entre ambos grupos (ver Tabela 2.0).
Observou-se ocorrência de sintomas maníacos em 2 pacientes dessa amostra: no 1º paciente, masculino, 35 anos, bipolar com depressão grave, os sintomas maníacos ocorreram após 1 semana do término das 10 sessões e remitiram espontaneamente. Na 2ª paciente, 45 anos, com o mesmo diagnóstico, os sintomas foram observados entre a 7ª e 8ª sessão do tratamento, interrompendo-se o mesmo. O Limiar Motor no início da 8ª sessão revelou abrupta inversão do padrão de assimetria inter-hemisférica em relação ao apresentado previamente pela paciente o que sugeriu a ocorrência de “virada” e nos conduziu a não proceder com a rTMS. A paciente foi acompanhada durante 1 semana, em dias intercalados, com finalidade de mensuração dos limiares e avaliação clínica. Os sintomas regrediram e não foi necessária abordagem específica (Broder Cohen, R. 2003).
Ziad Nahas et al. (2003) conduziram estudo com a rTMS prefrontal esquerda para determinar a segurança, viabilidade, e eficácia potenciais do uso da TMS para tratar os sintomas depressivos de desordem afetiva bipolar (BPAD). Eles recrutaram 23 pacientes BPAD deprimidos (12 BPI, nove BPII, dois BPI estado misto). Foram randomizados para receber rTMS prefrontal diária (5 Hz, 110% limiar motor, 8 segundos 22 segundos intervalo, por 20 min) ou placebo diariamente durante 2 semanas. Foram obtidas o limiar motor e escala de avaliação subjetiva diárias. A Hamilton (HRSD) e Escala Young para mania (YMRS) foram obtidas semanalmente. O tratamento foi bem tolerado sem eventos adversos significantes e sem indução de mania. Eles concluíram que a rTMS prefrontal E aparenta ser segura em pacientes bipolares deprimidos, e o risco de induzir mania em BPAD em uso de medicamentos é pequeno.
Bersudsky e colaboradores apresentaram estudo duplo cego controlado da TMS direita prefrontal versus placebo na mania, no Third International Conference on Bipolar Disorder . Dezesseis pacientes (12 com mania não psicótica e 4 com mania psicótica) receberam 10 sessões consecutivas diárias, 20 séries por a sessão, 20 hertz por 2 segundos; Cada um dos participantes foi dado os estímulos sobre o córtex prefrontal direito ou esquerdo, randomizados. Para a escala ANOVA em dois sentidos de Mania com covariance para a linha de base mostrou um efeito altamente significativo do tempo (p < 0001) e a interação significativa do tempo e o lado de TMS (p = 012). O teste Borne-post-hoc mostrou um efeito significativo do lado de TMS no dia 7 (p = 03) e 14 (p < 001). Estes resultados sugerem que a estimulação com TMS na mania do córtex prefrontal direito tem efeitos terapêuticos. A BPRS mostrou a melhoria
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