A memória ou sua falta vem sendo amplamente investigada, principalmente nas áreas básicas da psicologia. A psiquiatria, por enquanto, apenas faz diagnóstico não possuindo ainda tratamentos eficazes para as diversas modalidades da falta de memória. Ao contrário do que se poderia pensar isto já é bastante, pois a falta de critérios claros nesse assunto permite que pessoas com intenções muitas vezes duvidável venham a se aproveitar do pouco entendimento que se supõe existir sobre a memória, para valerem-se de seus próprios palpites para influenciar os desavisados. Portanto, o claro conhecimento desta matéria é necessário e muitas vezes suficiente para um correto posicionamento do leigo.

Repressão

Dissociação inconsciente de memórias traumáticas (manutenção de uma determinada informação fora do alcance da consciência) com a finalidade de proteger o organismo. Isto nunca foi empiricamente validado.
Pesquisas sobre a memória mostram que ela não é uma reconstrução tipo um videoteipe, mas está sujeita a reconstruções, criações, confabulações para preencher as lacunas, tendência ao erro. As recordações, portanto, são falhas, passíveis a influências por acontecimentos.

Memórias Falsas

Criadas através de sugestões ou influências. Podem ser crenças firmes em algo que não aconteceu, mas experimentada pelo paciente como existentes. Várias pessoas que estavam convencidas inicialmente de que haviam recuperado memórias “escondidas” através de terapias, admitiram terem aceitado tais fatos para obter algum ganho ou cederem a pressões.
Ao contrário do que se pensa, a recordação de abusos físicos ou psicológicos passados pioram o estado do paciente ao invés de melhorá-lo. Essas conclusões foram alcançadas por pesquisadores em diferentes situações e locais após estudos a respeito da memória em seres humanos.

Referência Bibliográfica

Lancet 1998; 351: 1673

Definições sobre a memória e a falta de memória.